A TRAJETÓRIA DO SELF E AS VIOLÊNCIAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Mateus Bender, Larissa Papaleo Koelzer

Resumo


Através de uma pesquisa bibliográfica, são analisados alguns fatores que contribuíram para a caracterização social da violência psicológica no trabalho. Diante da análise social teórica de Anthony Giddens e Ulrich Beck, sobre as mudanças subjetivas dos indivíduos (self) em nossa modernidade reflexiva, objetiva-se investigar alguns elementos que tornaram as violências psicológicas no ambiente de trabalho imorais. Primeiramente, busca-se resgatar o fundamento teórico dos autores e a concepção de self na atual modernidade reflexiva. Posteriormente, avalia-se o contexto social que modificou as regras morais acerca das violências psicológicas no trabalho. Conclui-se que a moralidade imposta no ambiente de trabalho, até certo momento histórico, não se atentava às questões psicológicas dos envolvidos nas relações laborais. Portanto, essa amoralidade ou ausência de regras que ordenam as ações dos indivíduos, banalizavam essas violências psicológicas, sendo vistas socialmente como formas de exercício do poder diretivo do empregador, onde a ação violenta estava de acordo com as regras morais dispostas no ambiente laboral.


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Referências


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