SENTIDO NO TRABALHO E CRISE NO TECIDO SIMBÓLICO SOCIAL: DA PSICODINÂMICA DO TRABALHO À PSICOSSOCIOLOGIA

Matheus Viana Braz

Resumo


Resumo: O sentido que o sujeito dá à sua atividade laboral influi significativamente em sua saúde mental. Nesse sentido, à luz da Psicodinâmica do Trabalho e da Psicossociologia, o objetivo deste trabalho teórico-reflexivo consiste em discorrer acerca da referida problemática para, então, apresentar outro quadro, referente ao fenômeno da crise no tecido simbólico social do contemporâneo, no qual acreditamos compor um plano de fundo essencial para a compreensão da perda de sentido no âmbito ocupacional.

Texto completo:

PDF

Referências


AUBERT, N. Le culte de l’urgence, la société malade du temps. Paris: Flammarion, 2003.

AUBERT, N. Un individu paradoxal. In: AUBERT, N. (Org.) L’individu Hypermoderne. Sociologie Clinique, Toulouse: Érès, p. 13-24, 2004.

AUGÉ, M. Não-Lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução Maria Lúcia Pereira, ed. 6, Campinas: Papirus, 2007.

CHANLAT, J. Modos de gestão, saúde e segurança no trabalho. In: DAVEL, E; VASCONCELOS, J. (Orgs.), “Recursos” humanos e Subjetividade. Petrópolis, RJ: Vozes, p. 118-128, 1995.

DEJOURS, C. Conferências brasileiras: identidade, reconhecimento e transgressão no trabalho. São Paulo: Fundap e EAESP/FGV, 1999.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. Tradução Ana Izabel Paraguay e Lúcia Leal Ferreira. ed. 5 ampl., São Paulo: Cortez-Oboré, 2003a.

DEJOURS, C. L’évaluation du travail à l’épreuve du réel. Critique des fondements de l’évaluation. Paris : INRA editions, 2003b.

DEJOURS, C. Trabalho Vivo: Sexualidade e Trabalho. Tradução Franck Soudant, Brasília: Paralelo 15, 2012a.

DEJOURS, C. Trabalho Vivo: Trabalho e Emancipação. Tradução Franck Soudant, Brasília: Paralelo 15, 2012b.

DUFOUR, D. R; BERTHIER, P. “Vers un nouveau nihilisme?”. Le Débat. n. 23, p. 162-174, 2003.

ENRIQUEZ, E. O papel do sujeito humano na dinâmica social. In: MACHADO, M.N.M; CASTRO, E.M; ARAÚJO, J.N.G; ROEDEL, S. (Orgs.) Psicossociologia. Análise social e intervenção. Petrópolis: Vozes, p. 24-40, 1994.

GAULEJAC, V. Psicossociologia e sociologia clínica. In: ARAÚJO, J.N.G.; CARRETEIRO, T.C. (Orgs.). Cenários sociais e abordagem clínica. São Paulo: Escuta; Belo Horizonte: Fumec, 2001.

GAULEJAC, V. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Tradução Ivo Storniolo, Aparecida: Ideias & Letras, 2007.

GERNET, I.; DEJOURS, C. Avaliação do Trabalho e reconhecimento. In: BENDASSOLLI, P.F; SOBOLL, L.A. (Orgs.) Clínicas do Trabalho: novas perspectivas para a compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas, p. 61-83, 2011.

GORI, R; DEL VOLGO, MJ. l'idéologie de l'évaluation : un nouveau dispositif de servitude volontaire? Nouvelle Revue de Psychosociologie, v. 2, n. 8, p.11-26, 2009.

HAROCHE, C. Manières d’être, manières de sentir de l’individu hypermoderne. In: AUBERT, N. (Org.). L’individu Hypermoderne. Sociologie Clinique. Toulouse: Érès, p. 25-38, 2004.

HAROCHE, C. Maneiras de ser e de sentir na aceleração e a ilimitação contemporânea. Cad. Metrop. São Paulo. v. 13, n. 26, p. 359-378, 2011.

LHUILIER, D. Filiações teóricas das clínicas do trabalho. In: BENDASSOLLI, P.F; SOBOLL, L.A. (Orgs.) Clínicas do Trabalho: novas perspectivas para a compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas, p. 22-58, 2011.

LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal. Ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

RESCHKE, C. Sem medo de se desligar. Você S/A. v. 1, n. 187, p. 84-86, 2013.

SENNETT, R. A Cultura do novo capitalismo. Tradução Clóvis Marques. São Paulo: Record, 2006.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.