Monitoramento de cupins subterrâneos na arborização urbana de Rio Claro-SP

Ana Beatriz Stein Machado Ferretti, João Paulo Reato Nascimento, Odair Correa Bueno, Viviane Cristina Tofolo Chaud

Resumo


Introdução: A invasão humana dos habitats das espécies termíticas tem provocado a eliminação das espécies nativas e a ocupação desses nichos por espécies denominadas sinantrópicas, adaptadas ao ambiente urbano. Entre os Isopteras, espécies da família (Rhinotermitidae), que abrange os cupins subterrâneos, são causadoras de danos nas áreas urbanas, atacando edificações e a arborização urbana. A falta de critérios para chegarem a um diagnóstico quando há suspeita de infestação de árvores, dificulta a tomada de decisões tanto para o controle, quanto para a retirada ou não de arvores. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento preliminar da presença de cupins subterrâneos na arborização urbana das ruas e praças do bairro Bela Vista no município de Rio Claro - SP. Métodos: Durante o período de Março de 2011 a Julho de 2011 foram realizados levantamentos das quadras selecionadas e amostrados todos os elementos arbóreos, vivos ou mortos, com CAP (circunferência a altura do peito) igual ou superior a 15cm. Em cada árvore foi feita uma análise externa do tronco, verificando as seguintes características: presença/ausência de cupins vivos ou mortos na superfície da casca e entrecasca e no solo junto à base; presença/ausência de tunelamento; presença/ausência de ocos; presença/ausência de rachaduras; fitossanidade geral da árvore, como a presença de outros insetos (formigas, insetos sugadores, larvas), fungos, ferrugem e líquens. Resultados: No período, foram amostradas 6 quadras com 365 elementos arbóreos, sendo que, 65 apresentaram características de infestação por cupins subterrâneos (17,80%). A espécie vegetal amostrada com maior número foi Murraya spp. (murta), representada por 154 indivíduos, sendo que 13 apresentaram características de infestação (8,44%). As outras espécies mais representativas foram Lagerstroemia indica (resedá) com 23 indivíduos, apresentando 8 infestados (34,8%%) e Caesalpinia peltoforoides (sibipiruna) com 19 indivíduos, sendo que 7 infestados (36,8%).


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