Aproveitamento de resíduos industriais do setor moveleiro - confecção de móveis e pequenos objetos de madeira (POMs)
Resumo
Introdução: A região de Itapeva, considerada um importante pólo madeireiro, possui a maior área de florestas de pinus do Estado de São Paulo (58,5%) e um grande número de indústrias primárias de transformação da madeira e outras ligadas ao segmento totalizando cerca de 100 unidades fabris. Inserido neste panorama encontra-se estrategicamente recém implantado o Campus Experimental de Itapeva (UNESP) com o curso de Engenharia Industrial Madeireira, voltado ao desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para atender diversas áreas da indústria madeireira. O pinus foi definido como um material de significativa importância a ser estudado por duas questões fundamentais: a predominância de reflorestamentos na região e por sua subutilização, ou seja, por ser utilizado na fabricação de produtos de baixo valor agregado com desperdício de matéria-prima, relacionados basicamente à construção civil e embalagens. Paralelamente a estes dados, a região apresenta altas taxas de desemprego, alto déficit habitacional e analfabetismo, sendo uma das regiões de menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, 0,749 (IDH geral do Estado 0,814) (PREFEITURA DE APIAÍ, 2008). Objetivos: O objetivo principal deste trabalho foi desenvolver protótipos de móveis e pequenos objetos em madeira (POMs). Métodos: O trabalho foi fundamentado a partir de conceitos básicos de ergonomia aliado a elaboração de design diferenciado desenvolvido dentro das disciplinas de "Indústria do Mobiliário" e "Aproveitamento de Resíduos", para fins didáticos e de extensão. O projeto visa à transferência tecnológica para pequenos empreendimentos regionais, contribuindo para: agregar maior valor a madeira, dar um aproveitamento aos resíduos industriais do setor, conquistar novos mercados e fomentar geração de trabalho e renda, consequentemente à inclusão de jovens em situação de risco social. Resultados: Alguns resultados iniciais já foram obtidos junto a um empreendimento de economia solidária na marcenaria de mulheres (Madeirarte), localizado no assentamento rural de Pirituba com o desenvolvimento de cerca de 10 produtos. As marceneiras tiveram um incremento econômico considerável, em feiras e eventos regionais, com a introdução de novos itens, melhoria da qualidade dos produtos fabricados e condições de organização e comercialização através de pequenas capacitações e treinamentos realizados pelos alunos de graduação e professores.
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