Plantas medicinais: indicação popular de uso no tratamento de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Resumo
O estudo teve como objetivo investigar o uso espontâneo de plantas medicinais por pacientes voluntários hipertensos no tratamento de hipertensão e determinar quais são essas plantas. Os dados analisados foram obtidos através de um questionário e um roteiro de entrevista semiestruturado, aplicado aos pacientes de um Centro de Saúde da região centro-oeste do estado de São Paulo, Brasil. A análise quantitativa dos dados identificou um alto índice de hipertensos fazendo uso espontâneo de plantas medicinais no tratamento. As plantas referidas foram identificadas pelo Herbário Botu e pesquisadas na literatura quanto à sua ação terapêutica. O maior desconhecimento identificado e para o qual os profissionais de saúde e a comunidade devem atentar foi referente ao uso errôneo do Boldo como planta medicinal útil no tratamento de hipertensão. A partir dos resultados obtidos, elaborou-se uma cartilha informativa, com ênfase sobre os conceitos de hipertensão e o uso de plantas medicinais como método de terapia alternativa para esta doença, pois tal prática deve estar alicerçada no conhecimento científico e nas evidências de pesquisas científicas.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ALCORN, J. The scope and aims of ethnobotany in a developing world. In: SCHULTES,
R. E.; Von Reis, S. (Ed.). Ethnobotany: evolution of a discipline. Portland: Dioscorides
Press, 1995. p. 23-39.
ALONSO, J. R. Tratado de fitomedicina: bases clínicas y farmacológicas. Buenos Aires:
ISIS Ediciones SRL, 1998.
AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In:
DI STASI, L. C. (Org). Plantas medicinais: arte e ciência, um guia de estudo
interdisciplinar. São Paulo: Editora da Unesp, 1996. p. 47-68.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC
nº 17 de 24.02.2000. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial
da União, Brasília, DF 24 Fev, 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicina Natural e Práticas
Complementares – PMNPC. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
CALIXTO, J. B. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Ciência e Cultura, v. 55,
p.37-39, 2003.
CUNHA, A. P. Aspectos históricos sobre plantas medicinais, seus constituintes
ativos e fitoterapia. Disponível em: .
Acesso em: 6 Abr. 2002.
DIEGUES, A. C. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: HUCITEC, 1996.
FERRO, D. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
LABES, E. M. Questionário: do planejamento à aplicação na pesquisa. Chapecó: Grifos,
128p.
OLIVEIRA, C. J.; ARAÚJO, T. L.; MOREIRA, T. M. M. Idosos com hipertensão arterial:
interferências em sua qualidade de vida. Revista Baiana Enfermagem, v. 17, p. 109-112,
OLIVEIRA, C. J.; ARAÚJO, T. L. Cultura dos chás, águas e lambedores: a prática em um
grupo de idosos. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO À PESQUISA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ, 21., 2002, Anais... Fortaleza, 2002.
PINTO, E. P. P.; AMOROZO, M. C. M.; FURLAN, A. Conhecimento popular sobre plantas
medicinais em comunidades rurais de mata atlântica – Itacaré, BA, Brasil. Acta Botanica
Brasilica, v. 20, p. 751-762, 2006.
SALGADO, J. M. Previna doenças: faça do alimento o seu medicamento. São Paulo:
Madras, 2003.
SANTOS, B. S. A universidade no século XX: para uma reforma democrática e
emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção Questões da Nossa
Época, 120).
SILVA-ALMEIDA, M. F.; SANTOS-MENDES, M. M. F. B. Uso de plantas medicinais por
idosos moradores de chalés no Lar dos Velhinhos. Piracicaba: FCA/UNESP, 1998.
(Apostila).
SOARES, R. O. A. et al. Avaliação da capacidade antineoplásica de extratos de erva-depassarinho Struthanthus sp. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 15.,
, Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia, 1998.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (SBH). V Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial. São Paulo: SBA,. 2006. 48p.
TOZONI-REIS, M. F. C.; DINIZ, R. E. S. A formação de educadores ambientais na
universidade: contribuições da metodologia da pesquisa-ação-participativa. In: Encontro
de pesquisa em educação ambiental – EPEA, 2., 2003, São Carlos. Anais eletrônicos...
São Carlos, 2003.1 CD-ROM.
VENDRAMINI, P. F. O uso de plantas medicinais entre idosos: uma parceria de
saberes em educação ambiental. 83f. Trabalho de conclusão (licenciatura – Ciências
Biológicas). Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2005.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Tradicional Medicine Strategy 2002-2005.
Genebra: WHO, 2002. 65p.
YAMADA, C. S. B. Fitoterapia: sua história e importância. Revista Racine, v. 43, p. 50-51,
Revista Ciência em Extensão by Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura - UNESP - Brasil is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License.
Based on a work at ojs.unesp.br.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/about/editorialPolicies#custom0.