Aplicação de uma trilha interpretativa como ferramenta de educação ambiental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23901/1679-4605.2021v17p415-421

Palavras-chave:

Educação ambiental. Trilha interpretativa. Etnobotânica.

Resumo

Nosso objetivo foi analisar o papel de uma trilha interpretativa como forma de passar conceitos de Educação Ambiental. Estruturada no entorno do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, e contendo onze pontos interpretativos, a trilha foi aplicada em visitantes da Casa da Descoberta, o Museu de Ciências da UFF. Através da aplicação de questionários pré e pós-trilha, observou-se lacunas na formação dos visitantes de diferentes segmentos em relação à educação ambiental, um quadro que foi parcialmente revertido com a aplicação deste trabalho. Conclui-se que a trilha interpretativa é um dispositivo adequado para programas de Educação Ambiental no próprio espaço da universidade ressignificando os seus jardins para além dos fins estéticos, mas em espaços educativos.

   

Biografia do Autor

  • Luiz Mors Cabral, Universidade Federal Fluminense
    Possui graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003), mestrado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e doutorado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é professor associado II da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Biologia Molecular de Plantas. Atua também nas áreas de extensão de divulgação científica.   
  • Vanessa Corrêa Balochini, Universidade Estadual do Rio de Janeiro- Programa de Mestrado em Ensino de Ciências Meio Ambiente e Sociedade.

    Atualmente é mestranda da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ/FFP) em Ensino de Ciências, Ambiente & Sociedade na área de Biodiversidade e Análise Ambiental. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense com uma bagagem bastante rica de formação cidadã, botânica e criação de materiais didáticos. Ao longo da graduação não deixou as oportunidades passarem e participou de projetos grandes, como organização da Banca do Primeiro encontro de Libras na UFF (ENELU) e I Probis UFF. Ministrou a oficina de biomoléculas através da análise investigativa e experimental com alunos de superdotação na escola de verão pelo projeto DIECI (Laboratório Interdisciplinar de formação de professores) UFF. Foi extensionista do projeto de recuperação ambiental no LAHVI (Horto Viveiro da UFF) também compondo a sua equipe através da criação de trilhas ecológicas para uma conscientização planetária e sustentável do público misto que o visitava. Foi mediadora de exposição Meio Ambiente e Acessibilidade que foi cediada na Câmara Municipal de Niterói em 2016. Participou como agente cultural (contadora de histórias) para alunos do ensino fundamental através da imersão literária cuja temática foi Meio Ambiente. Participou da revitalização do laboratório do Colégio Estadual Baltazar Bernardino durante o primeiro ano de atuação no PIBID (estágio não obrigatório interno) assim como a organização da sua Feira de Ciências cujo tema era Curiosidades Biológicas. Foi voluntária do projeto Spread The Sign da UFF como extensionista e auxiliou na catalogação e pesquisa de termos já existes em libras em outras universidades para a criação do dicionário online SPREAD THE SIGN. Durante a graduação atuou principalmente nos seguintes temas: ciências da natureza, Interdisciplinalidade, multidisciplinaliade, formação cidadã, meio ambiente e Botânica.

        

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Publicado

2022-12-19

Edição

Seção

Relatos de experiências extensionistas e artigos de opinião