Tecnologia assistiva: desenvolvimento de recursos de baixo custo
Resumo
Introdução: O Censo Demográfico Brasileiro realizado em 2000 informou que 14,5% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Essas pessoas comumente apresentam dificuldades para a realização de atividades funcionais no seu dia-a-dia ou precisam de auxílio de outras pessoas para conseguir realizá-las adequadamente. Assim, é necessário o acesso à tecnologia assistiva. Objetivos: Prescrever, desenvolver e confeccionar recursos de tecnologia assistiva, além de oferecer consultoria colaborativa a professores, familiares e pessoas com deficiência. Métodos: Participaram do projeto pessoas com limitações funcionais atendidas no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES) que necessitavam de recursos de tecnologia assistiva para um melhor desempenho em suas atividades. Foram realizadas visitas na casa e escola dos participantes e em algumas situações ao hospital. Durante as visitas foram realizados registros fotográficos e observacionais, entrevista com professores, familiares e criança sobre habilidades e dificuldades da criança com deficiência, necessidades e expectativas em relação à prescrição de recurso de tecnologia assistiva. Quando necessário era verificado por meio de um protocolo padronizado as medidas antropométricas. Após as visitas foram realizadas reuniões entre os participantes do projeto onde eram discutidas as solicitações dos cuidadores e usuários, bem como analisados os registros fotográficos e as avaliações realizadas durante as visitas. A partir das informações obtidas elaborava-se um relatório técnico que apontava habilidades, dificuldades do usuário, barreiras ambientais e ações propostas para a resolução dos problemas. Resultados: No período entre agosto de 2007 e agosto de 2009 foram realizadas 46 visitas domiciliares, 3 visitas a hospitais e 8 visitas a escolas e confeccionados 44 recursos de tecnologia assistiva de baixo custo, sendo eles: 14 órteses para posicionamento de membros superiores, 2 órteses para posicionamento de membros inferiores, 2 pranchas imantadas, 2 pulseiras de peso, figuras e letras de isopor imantadas ou com velcro, 2 cadeiras adaptadas, 2 mesas com recorte, 1 caderno adaptado para comunicação alternativa, 1 plano inclinado, 2 andadores, 8 engrossadores de lápis, 6 auxiliares de preensão, 1 cadeira para banho, e 1 mouse adaptado. Durante as visitas foram realizadas orientações referentes: 1) posicionamento corporal da pessoa com deficiência no leito ou em cadeiras adaptadas, 2) adequação de mobiliário escolar, 3) adequação de recursos pedagógicos, 4) acessibilidade física. CONCLUSÃO: A utilização de tecnologia assistiva de baixo custo mostrou-se eficaz para indivíduos com limitações funcionais, auxiliando a superar as barreiras de mobilidade e comunicação, corroborando para o processo inclusivo.
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