Assistência e cuidado da pessoa com deficiência na atenção básica

Bruna Martins Grassi Sedlmaier, Denise Machado Mourão, Cristiane Gomes Ferreira, Isaque Ville Sousa de Oliveira, Wanderley de Jesus Souza

Resumo


Este trabalho teve como objetivo contribuir para o aperfeiçoamento profissional do cuidado às Pessoas com Deficiência (PcD) na Estratégia Saúde da Família no município de Teixeira de Freitas. Trata-se de um estudo transversal, de caráter quanti-qualitativo, que foi realizado junto aos profissionais ligados à Atenção Básica. Foi utilizado o método da pesquisa-ação, em que os profissionais foram convidados a participar de uma intervenção, no formato de capacitação. No início e logo após o termino de cada capacitação, foi aplicado um questionário semiestruturado, para avaliar se houve aumento na frequência de acertos após a intervenção, sendo nomeados questionários de ‘pré-teste’ e ‘pós-teste’, respectivamente. Foi detectado um baixo índice de acertos (15,2%) no pré-teste, quanto à utilização do termo correto (PcD), tendo um aumento expressivo desse percentual no pós-teste (69,6%). A maior parte dos participantes demonstraram conhecimento relacionado ao conceito de acessibilidade definido pela lei nº 13.146/2015. Pode-se perceber que a capacitação profissional contribuiu para o aprimoramento do cuidado às PcD, uma vez que os resultados das respostas dos participantes obtidas no pós-teste foram positivos. Porém, é relevante destacar a importância da constante explanação dos assuntos relacionados aos direitos da PcD, tanto na área da saúde quanto nos outros setores da sociedade.

Palavras-chave


Pessoas com Deficiência; Atenção Primária à Saúde; Capacitação Profissional.

Texto completo:

PDF

Referências


ABNT. ABNT NBR 9050. 3. ed. [s.l: s.n.].

BACKES, D. S. et al. O Sistema Único de Saúde idealizado versus o realizado: contribuições da Enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 22, n. 6, p. 1026–1033, 2014.

BALDISSERA, A. Pesquisa-ação: uma metodologia do “conhecer” e do “agir” coletivo. Sociedade em Debate, v. 7, n. 2, p. 5–25, 2001.

BARROS, F. P. C. DE; SOUSA, M. F. DE. Equidade: seus conceitos, significações e implicações para o SUS. Saúde e Sociedade, v. 25, n. 1, p. 9–18, 2016.

BATISTA, K. B. C.; GONÇALVES, O. S. J. Formação dos Profissionais de Saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde e Sociedade, v. 20, n. 4, p. 884–899, 2011.

BORTOLINI, S. et al. Acessibilidade física. In: ANDRÉA POLETTO SONZA et al. (Eds.). . Acessibilidade e tecnologia assistiva: Pensando a inclusão sociodigital de PNEs. 1. ed. Bento Gonçalves - RS: Ministério da Educação, 2013. p. 368.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria no 793. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Resultados Preliminares da Amostra - Censo 2010. Disponível em: . Acesso em: 5 jun. 2018.

BRASIL. Lei No 13.146. . 2015, p. 1–31.

FRANÇA, E. G. DE et al. Dificuldades de profissionais na atenção à saúde da pessoa com surdez severa. Ciencia y Enfermeria, v. 22, n. 3, p. 107–116, 2016.

HALEN, S. VAN DER; FOSSATTI, P.; KORTMANN, G. M. L. Inclusão de Pessoas Com Deficiência (Pcd) na educação superior: um olhar a partir das políticas de inclusão. v. IV, p. 79–97, 2015.

IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012.

IBGE. IBGE | Brasil em Síntese | Bahia | Teixeira de Freitas | Panorama. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/teixeira-de-freitas/panorama. Acesso em: 5 jun. 2018.

MARQUES, J. F. et al. Acessibilidade física na atenção primária à saúde: um passo para o acolhimento. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 39, p. 2017–2023, 2018.

MARQUETE, V. F.; OSTA, M. A. R.; TESTON, E. F. Comunicação com deficientes auditivos na ótica de profissionais de saúde. Revista Baiana de Enfermagem?, v. 32, n. 0, 20 mar. 2018.

NÓBREGA, J. D. et al. Identidade surda e intervenções em saúde na perspectiva de uma comunidade usuária de língua de sinais. Ciência e Saúde Coletiva, v. 17, n. 3, p. 671–679, 2012.

OLIVEIRA, Y. C. A. DE; CELINO, S. D. D. M.; COSTA, G. M. C. Comunicação como ferramenta essencial para assistência à saúde dos surdos. Revista Saúde Coletiva, v. 25, n. 1, p. 307–320, 2015.

PICHETH, S. F.; CASSANDRE, M. P.; THIOLLENT, M. J. M. Analisando a pesquisa-ação à luz dos princípios intervencionistas: um olhar comparativo. Educação, v. 39, n. n. especial, p. s3–s13, dez. 2016.

SASSAKI, R. K. Inclusão: o paradigma do século 21. Revista da Educação Especial, v. 1, n. 1, p. 19–23, 2005.

SILVA, R. DE A. E et al. Políticas públicas para inclusão social na deficiência – Revisão sistemática*. Avaces en Enfermería, v. 30, n. 2, p. 13–24, 2012.

SOUSA, E. M. DE; ALMEIDA, M. A. P. T. Atendimento ao surdo na atenção básica: perspectiva da equipe multidisciplinar. Revista Multidisciplinar e de Psicologia, v. 10, n. 33, p. 72–82, 2017.

TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 3, p. 443–466, 2005.

WALBER, V. B.; SILVA, R. N. DA. As práticas de cuidado e a questão da deficiência: integração ou inclusão? Estudos de Psicologia, v. 23, n. 1, p. 29–37, 2006.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Relatório mundial sobre a deficiência. São Paulo: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, 2012.




DOI: https://doi.org/10.23901/1670-4605.2020v16p69-83

Creative Commons License
Revista Ciência em Extensão by Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura - UNESP - Brasil is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License.
Based on a work at ojs.unesp.br.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/about/editorialPolicies#custom0.