Redes alimentares alternativas, agroecologia e a construção social de mercados

Eugênio Martins de Sá Resende, Alair Ferreira de Freitas

Resumo


Os estudos dos sistemas agroalimentares, mesmo que recentes, têm apontado diversos impactos na forma como as pessoas no campo e nas cidades se alimentam, sobretudo a partir da Revolução Industrial e da Revolução Verde. Esses impactos são perceptíveis nos âmbitos ambiental, social, econômico e de saúde, fortalecendo cada vez mais os impérios agroalimentares a partir de regras e normas globais que excluem agricultores familiares camponeses e dificultam a comercialização de seus produtos em mercados formais e também locais e informais. No entanto, na Zona da Mata de Minas Gerais, apesar da predominância da monocultura do café, experiências locais baseadas na agroecologia e nas redes alimentares alternativas (RAA) vêm crescendo. A partir de metodologias da pesquisa participante como os intercâmbios agroecológicos, o objetivo desse trabalho foi descrever e analisar experiências agroecológicas e suas relações com os mercados, relacionando-as com as RAA. O estudo apontou que a agroecologia contribui para o desenvolvimento e ampliação dessas redes, a partir das relações sociais estabelecidas e na preocupação ambiental, ampliando os debates acerca dessas experiências locais.

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DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2019v28n2p152-165

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