RASTREIO DE TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO NO PERÍODO DA PRÉ-APOSENTADORIA

Silvana Domingues Ladeira, Flávia Heloisa Dos Santos

Resumo


O Transtorno de Adaptação (TA) (F43.2; CID-10, WHO, 1993) se caracteriza pelo desenvolvimento de depressão e ansiedade em resposta a um ou mais estressores psicossociais identificáveis, como a aposentadoria. O objetivo foi avaliar indicadores de depressão e ansiedade; e aspectos psicossociais e cognitivos em pessoas antes da aposentadoria. Métodos: Participaram 21 pessoas, 2 a 6 meses antes da aposentadoria por tempo de serviço. Resultados: Ansiedade foi observada em 11 participantes e 3 pessoas exibiram elevado escore de depressão. Conclusão: Embora se considerem preparados para a aposentadoria, seu estado psicológico foi sugestivo de vulnerabilidade para TA.


Texto completo:

PDF

Referências


Almeida, P. M., & Wickerhauser, H. (1991). O Critério ABA/ABIPEME: Em busca de uma atualização: Um estudo e uma proposta submetidos à ABA e à ABIPEME. Documento de circulação restrita da ABA e da ABIPEME. São Paulo.

Almeida, O. P., & Almeida, S.A. (1999). Confiabilidade da versão brasileira da escala de Depressão Geriátria (GDS) Versão reduzida. Revista Arquivo de Neutropsiquiatria.57 (2-B): 421-426.

American Psychiatric Association. (2013). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª ed.). Arlington, VA: American Psychiatric.

Andrade, V. M. (2013). Aspectos Cognitivos na Esclerose Multipla. Doutorado em Psicobiologia (Conceito CAPES 7). Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Brasil, Ano de obtenção: 2001.

Antunes, M. H., & Parizotto, A. P. (2012). O luto pela aposentadoria. In: Escudeiro, A morte e suas implicações para a vida. Fortaleza: L.C Gráfica e Editora, 29-42.

Baltes, P. B. (1987). Theoretical propositions of life span developmental psychology: On the dynamics between growth and decline. Developmental Psychology, 23: 611-626.

Brucki, S. M. D., Nitrini, R., Caramelli, P., Bertolucci, P.H.F., & Okamoto, I.H. (2003). Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Revista Arquivo de Neuropsiquiatria, 61(3B):777-81.

Butterworth, P., Gill, S., Rodgers, B., Anstey, K., Villamil, E., & Melzer, D. (2006). Retirement and mental health: Analysis of the Australian national survey of mental health and well being. Social Sciences Medicine, 62(5): 1179-91.

Dantas, P. M. A. B., & Oliveira, C.M. (2014). Programas de preparação para a aposentadoria: Desafio atual para a gestão de pessoas. Argumentum, Vitória (ES), 6(1): 116-132, jan/jun.

Drentea, P. (2002). Retirement and mental Health. Journal of Aging and Health, 14(2): 167-194.

Duarte, C. V., & Melo-Silva, L. L. (2009). Expectativas diante da aposentadoria: Um estudo de acompanhamento em momento de transição. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 10(1), 45-54.

Fiske, M., & Chiriboga, D. A. (1990). Change and continuity in adult life. The Jossey-Bass social and behavioral science series. San Francisco, CA, US: Jossey-Bass. xx 342 pp.

Floyd, F. J., & Haynes, S. N. (1992). Assessing Retirement Satisfaction and Perceptions of Retirement Experiences. Psychology and Agind, 7: 609-621.

França, L. H. (2002). Repensando a aposentadoria com qualidade – Um manual para facilitadores em programas de educação para a aposentadoria, livro eletrônico publicado pela Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI/UERJ), Rio de Janeiro. Acesso em 9/11/2010, disponível http://www.crde-unati.uerj.br/publicacoes /pubEletronica.asp.

França, L. H. (2008). O desafio da Aposentadoria. Rio de Janeiro: Rocco

Katz, S., Ford, A. B, Moskowitz, R. W, Jackson, B.A., & Jaffe, M. W. (1963). Studies of illness in the aged. The index of adl: a standardized measure of biological and psychosocial function. Jama, 185(12): 914-919.

Kim, J. E., & Moen, P. (2002). Retirement Transitions, gender, and psychological well-being: A life-course, ecological model. Journals of gerontology. Series B, Psychological Sciences and sciences, 57(3): 212-222.

Moen, P. (1996). A life course perspective on retirement, gender and well-being. Journal of Occupational Health Psychology, 1(2): 131-144.

Mein, G., Martikainen, P., Hemingway, H., Stanfeld, S., Stanseld, S., & Marmot, M. (2003). Is retirement good or bad for mental and physical health functioning? Whitehall II longitudinal study of civil servants, Journal of Epidemiology and Community Health, 57 (1): 46-49.

Nalin, C.P., & França, L. H. F. P. (2015). A Importância da Resiliência Para o Bem-Estar na Aposentadoria. Paidéia. 25 (61), 191-199.

Nitrini, R., Caramelli, P., Bottino, C. M. C., Damasceno, B. P., Brucki, S. M. D., & Anghinah, R. (2005). Diagnóstico de Doenca de Alzheimer no Brasil: Avaliação Cognitiva e Funcional. Recomendações do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Revista Arquivos de Neuropsiquiatria. 63(3-A):720-727.

Pacheco, J.L., & Carlos, S.A. (2011). Educação, trabalho e aposentadoria. In: Freitas, E.V (org). Trabalho de geriatria e gerontologia. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Richardson, V. E., & Kilty, K. M. (1995). Gender differences in mental health before and after retirement: A londitudinal analysis. Journal of Women and Aging, 7 (1-2): 19-35.

Rosenkoetter, M. M., & Garris, J. M. (2001). Returement Palnning, use of time, and Psychosocial Adjustment. Issues in Mental Health Nursing, 22(7): 703-722.

Saunders, J. B., Babor, T. F., & Grant, M. (1993). Development of the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT): WHO collaborative project on early detection of persons with harmful alcohol consumption II. Addiction 88,791–804.

Schmidt, D.B., & Martins, C.L.M. (2011). Aposentar-se de que?Percepções de trabalhadores próximos da aposentadoria. Estudos Contemporâneos da Subjetividade. 1(1).

Thériault, J. (1994) Retirement as a Psychosocial Transition: Process as Adaptation to change. Journal Aging and Human Development, 38(2):153-170.

Zanelli, J.C. (2012). Processos Psicossociais, bem-estar e estresse na aposentadoria. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 12(3):329-340.

World Health Organization. (1993). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas.

Yesavage, J. A., Brink, T.L., & Rose, T.L. (1983). Development and validation of a geriatric depression screening scale: a preliminary report. Journal of Psychiatric Research, 17:37-49.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.