Tabagismo, estado nutricional e hábitos alimentares em população adulta de um município paulista

Silvia Justina Papini Berto, Maria Antonieta Barros Leite Carvalhaes, Erly Catarina Moura

Resumo


Com o objetivo de estimar a taxa de prevalência de tabagismo e identificar sua relação com a escolaridade, idade, IMC, hábito alimentar e estilo de vida, foram entrevistados, por meio telefônico, 1410 adultos (544 homens e 866 mulheres), utilizando uma metodologia previamente testada (SIMTEL). Dessa população entrevistada, a maioria dos adultos referiu nunca ter fumado, fumantes atuais eram 21.8% e ex-fumantes, 22.6%. Não houve associação entre a idade e o tabagismo. Observou-se a associação direta entre o tabagismo e o sedentarismo, o consumo excessivo de bebida alcoólica e a ausência do hábito de tomar leite, em homens, e a associação inversa com a escolaridade (em ambos os sexos) e com frequência (menor) de consumo de frutas e legumes, em mulheres. Verificou-se, também, uma tendência de, com o aumento da escolaridade e com o maior IMC, a redução da frequência de fumantes, para ambos os sexos. Chamou à atenção a proporção de pessoas que referiu fazer atividade física três ou mais dias na semana, maior nos ex-fumantes do que em indivíduos que nunca fumaram, em ambos os sexos. Fumantes formam grupo prioritário para ações multiprofissionais que incluam, além do objetivo de cessação do tabagismo, ações de educação alimentar e combate ao sedentarismo.


Palavras-chave


Tabagismo. Doenças e agravos não transmissíveis. Epidemiologia. Inquérito telefônico.

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