Saúde na escola: o cuidado com professores

Ariane Nepomuceno Andrade, Jefferson Paixão Cardoso, Alba Benemérita Alves Vilela, Daíla dos Santos Freire, Thiago Raphael Martins Meira, Hellaná Braga Martins, Ana Carolina França dos Anjos, Joseanne Barbosa Costa

Resumo


Os efeitos das condições de trabalho perduram além do trabalhador, determinando, muitas vezes, prejuízo à saúde. Dessa forma, é evidente o aparecimento cada vez maior de doenças relacionadas ao trabalho, afetando tanto a saúde física quando mental do profissional, uma vez que os trabalhadores são exigidos cada vez mais e enfrentam, muitas vezes, condições deficitárias para realização de seu exercício. Em diversos ambientes de trabalho, são observáveis deficiências de natureza ergonômica e organizacional, e de fatores psicossociais. Esse contexto se estende a área educacional, destacando-se o trabalho dos professores da rede estadual, os quais também enfrentam uma sobrecarga de trabalho elevada, necessitam trabalhar em mais de uma escola, tem seu tempo e espaço extra-escolar invadidos pelo trabalho, tem as atividades intensificadas no final do período letivo, e tem excessivo número de alunos por turno. Dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de ações voltadas a saúde do professor, no intuito de reduzir e eliminar fatores produzidos pela atividade docente que podem trazer repercussões negativas sobre sua saúde, especialmente, o desenvolvimento e/ou manutenção das Doenças Musculoesqueléticas e, consequentemente, sobre sua qualidade de vida. Este relato tem como objetivo descrever o processo de integração pesquisa e extensão realizado com professores das escolas estaduais do município de Jequié, Bahia.

Palavras-chave


Saúde do trabalhador; Doenças musculoesqueléticas; Qualidade de vida; Relações Comunidade-Instituição

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