A construção de gráficos táteis para alunos deficientes visuais

Bruno Zucherato, Maria Isabel Castreghini De Freitas

Resumo


Após a década de 1990, a ampliação do acesso à educação de alunos com necessidades especiais tem se apresentado como uma questão bastante pertinente no que diz respeito a políticas educacionais. Nesse cenário destacamos o ensino de Geografia para deficientes visuais, cegos e de baixa visão, enfocando, mais especificamente, o ensino de gráficos em geografia. O objetivo do presente artigo é relatar as experiências obtidas durante o período de agosto de 2008 a agosto de 2009 pelo grupo de extensão da UNESP do campus de Rio Claro intitulado “Cartografia Tátil e MAPAVOX: Uma alternativa para construção de mapas e jogos táteis”. Durante as práticas realizadas para o presente artigo foram construídos gráficos de histogramas e setogramas com a participação ativa dos alunos em todo o processo de construção. A metodologia utilizada no presente artigo foi a pesquisa qualitativa em educação, sendo utilizadas, ainda, a análise não comparativa dos resultados e a construção de relatos a partir das práticas realizadas na escola especial. Os gráficos táteis finais construídos apresentaram-se como uma importante alternativa de metodologia de ensino de gráficos para alunos cegos e de baixa visão, utilizando recursos simples como materiais de baixo custo e levando em consideração a apreensão e compreensão dos alunos deficientes visuais na construção desse tipo de o gráfico tátil. O resultado da pesquisa utilizada como base para o artigo servirá ainda de embasamento para a construção de um caderno guia para professores que possuem alunos cegos e de baixa visão em sua sala de aula.


Palavras-chave


Cartografia tátil. Gráficos. Educação especial. Cegos. Baixa visão

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