Perfil do consumo nutricional de pacientes com massa óssea diminuída
Resumo
A osteoporose é uma desordem sistêmica na qual é observada a fragilidade óssea e o aumento da susceptibilidade às fraturas. Uma alimentação balanceada que forneça quantidades suficientes de proteínas, vitaminas e minerais, influencia positivamente a saúde dos ossos. Desse modo, este estudo objetivou traçar o perfil do consumo dos principais nutrientes envolvidos com a saúde óssea, procurando otimizar esta ingestão, nos pacientes portadores de baixa massa óssea, acompanhados no Ambulatório de Distúrbios do Cálcio (ADC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Foram convidados a participar do estudo 45 pacientes com baixa massa óssea, acompanhados no ADC. Destes, 15 pacientes do sexo feminino, com idade média de 60,7 anos, aceitaram e concluíram o projeto. Foram realizados recordatórios de 24 horas e desenvolvidas Atividades de Educação Nutricional (AEN), baseadas em um livreto informativo, objetivando a otimização do consumo de cálcio (Ca), vitamina D, fósforo (P), magnésio (Mg) e demais nutrientes envolvidos na saúde óssea. Foram ainda realizadas degustações de preparações dietéticas, ricas em Ca. O consumo médio dos nutrientes, foi avaliado antes e após o final das atividades, por meio do Programa.DietPro 5i®. A ingestão mediana de energia (1096,8 Kcal) e macronutrientes (carboidratos: 127,2g; proteínas: 40,4g; lipídeos: 20,4g) esteve abaixo do recomendado pelas Dietary References Intakes-DRI. O consumo desses nutrientes não apresentou alterações significativas após as AEN (energia: 1120,8 Kcal; carboidratos: 164,8; proteínas: 60,5 g; lipídeos: 29,9 g/ p> 0,05). A ingestão mediana de micronutrientes esteve abaixo do recomendado pelas DRI/Institute of Medicine-IOM (Ca: 661,57 mg; vitamina D: 0,64 µg; Mg: 292,71 mg; P: 1214,00 mg). O consumo desses nutrientes não apresentou alterações significativas após as AEN (Ca: 619,57 mg; vitamina D: 0,73 µg; Mg: 212,15 mg; P: 821,24 mg; p> 0,05). Os percentuais de inadequação para cálcio, vitamina D e magnésio foram elevados (81,7%, 99,8% e 100%, respectivamente). O percentual de inadequação para o fósforo foi de 36%. Neste grupo de pacientes portadoras de baixa massa óssea, observou-se um perfil de ingestão inadequado em relação aos principais nutrientes relacionados a saúde óssea. A orientação nutricional durante o período de oito meses não se mostrou eficiente na otimização desta ingestão. Este achado ressalta a importância do estabelecimento de novas estratégias que otimizem o consumo destes nutrientes.
Palavras-chave
Osteoporose; Educação Alimentar e Nutricional; Micronutrientes.
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