Concepções de estudantes de graduação da UNESP de Marília acerca do envelhecimento humano e da pessoa idosa: contribuições para uma reflexão sobre a UNATI – Núcleo Local De Marília
Resumo
O crescimento da população idosa no Brasil é uma realidade que impõe um aumento de demandas nas áreas de prestação de serviços com atendimento qualificado a essa parcela da população. Para isso, é importante a formação de recursos humanos cientes dessa demanda, cabendo à universidade parte dessa responsabilidade, pois além de habilitar profissionais em suas competências técnico-científicas, deve capacitá-los quanto às atuais necessidades da sociedade. Nesse contexto, com este estudo buscamos investigar quais as concepções que os estudantes de graduação da UNESP/Marília, do período diurno, têm acerca do envelhecimento humano e da pessoa idosa, com o intuito de obter subsídios para uma reflexão e para sugestões sobre a necessidade de possíveis mudanças curriculares e de mudanças no cotidiano acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências com relação a essa temática. É importante salientar que acadêmicos inseridos em diferentes contextos mediante estágios curriculares têm contato com a população idosa em diferentes condições de vida necessitando, muitas vezes, conhecimentos prévios que os auxiliarão nas diferentes atividades práticas acadêmico-profissionais e nessa perspectiva, a educação é uma importante parceira na quebra de mitos e tabus acerca do envelhecimento humano, deixando de colocar a velhice apenas como um momento associado, muitas vezes, a doenças e a passividade, mas mostrando-a como espaço de maturidade, participação social e qualidade de vida. Foram avaliadas as concepções acerca do envelhecimento humano e da pessoa idosa, através de um questionário com questões abertas e fechadas. Também foram objeto de análise os planos de ensino de todos os cursos com vistas a introduzir um diálogo entre as respostas dos alunos e a postura da universidade frente ao atual estado dos idosos na sociedade. Os resultados mostraram que de uma maneira geral as respostas dos estudantes participantes valorizaram a experiência, sabedoria e a maturidade que o idoso carrega, porém as concepções estão ainda predominantemente imbuídas apenas do conceito biológico, que evidencia mais as perdas do que as conquistas que essa fase da vida representa.
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