A experiência dos residentes multiprofissionais em atenção hospitalar na atenção básica
Resumo
A Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar (RMAH), apesar de ter como cenário principal o hospital, deve-se passar a ter como um paradigma de atendimento o modelo adotado na atenção primária, prezando pela atenção integral e estabelecimento de vínculo com a comunidade. A Unidade Básica de Saúde (UBS) gerou um espaço muito rico para a integração das atividades entre os seus profissionais e os residentes multiprofissionais. Essa experiência colaborou na construção de nova percepção, dos profissionais de saúde e população, e no novo processo de trabalho em saúde, tanto na atenção básica quando na atenção hospitalar. Todas as atividades do programa da RMAH desenvolvidas possibilitaram a integração entre as diferentes áreas de saúde contempladas com a residência: Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Desse modo, a partir de experiências vividas pela equipe, problemas tiveram uma resolutividade na atenção básica. Com base nessa noção de quão importante é a equipe na atenção básica e nessa troca de saberes, foi construída uma relação de parceria que foi, ao mesmo tempo, interdependente e retroalimentada e que resultou na possibilidade real de empoderamento da população local. Em todo processo, existe um paradigma que deve ser idealizado, a partir da conclusão satisfatória de suas várias etapas. A experiência da RMAH no âmbito da atenção básica fornece o modelo ideal do funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS): a integralização de várias profissões no nível mais básico de atenção para que a resolutividade seja realmente alcançada e que seja a porta de entrada nos serviços de saúde. Após a vivência discutida, conceitos apreendidos e concepções mudadas, é importante que essa experiência vivida pelos residentes seja a rotina de todas as UBS do Brasil. Ainda há muito para ser feito.
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