Paralisia cerebral e as novas tecnologias: trabalhando com potencialidades

Simone Moro da Silva Rocha

Resumo


Introdução: Em meio aos avanços decorrentes da digitalização do mundo moderno, a sociedade vê-se cada vez mais envolvida com a grande variedade de informações promovidas por esses recursos. Objetivos: Numa proposta de inclusão digital, a pesquisa visa esclarecer como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir enquanto ferramentas potencializadoras para o desenvolvimento crítico, a socialização e conseqüente inclusão digital de indivíduos com Paralisia Cerebral. Métodos: O projeto promovido como parte da pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Educação Corporativa (NEC) da Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP, campus de Presidente Prudente, fundamenta-se na execução de um trabalho voltado para pessoas com deficiência, partindo do interesse individual dos alunos para que assim possam ser programadas atividades individuais adaptadas às suas expectativas. Para tanto, são realizados acompanhamentos com cerca de duas horas semanais, cujo principal recurso é o computador. Com este meio, provemos de algumas outras ferramentas, tais como sites de relacionamentos, programas específicos para criação de textos, jogos interativos e ainda softwares variados. Além do mais, o computador é um instrumento adaptável, visto que o diagnóstico em questão, Paralisia Cerebral, acarreta algumas dificuldades motoras, pois se trata de uma lesão cerebral que, ao contrário do que se pensa, não afeta necessariamente o desenvolvimento cognitivo dos sujeitos (cerca de apenas 40% possuem também alguma dificuldade intelectual), ou seja, torna-se um meio viável para a formação educativa e social de pessoas com algum tipo de limitação física (seja nos membros, na fala, entre outros). Resultados: Na atual fase de desenvolvimento do projeto, algumas dificuldades têm sido diagnosticadas no decorrer dos acompanhamentos. Uma delas (e de grande relevância) é a maneira como o comprometimento da fala pode interferir na promoção de outras habilidades, tal como de leitura e escrita. No entanto, graduais avanços têm sido notórios no que diz respeito à socialização e inclusão digital dos alunos em questão. Isto tem sido percebido principalmente no relacionamento entre os assistidos e até mesmo na execução das atividades propostas. Dessa maneira, percebemos o modo como o computador pode ser um meio viável e contribuir, beneficamente, para que estes alunos sejam sujeitos atuantes na sociedade e independentes no cumprimento de suas atividades diárias.

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