Breve perfil das atividades de extensão nas unidades da UNESP, câmpus de Araraquara: um enfoque na transferência de tecnologia e conhecimento

Sérgio Azevedo Fonseca, Helena Carvalho de Lorenzo

Resumo


O artigo relata os resultados de uma pesquisa que teve, como objetivo central, identificar o potencial de contribuição das quatro unidades da UNESP, do câmpus de Araraquara, para a transferência de tecnologias e conhecimentos a parceiros externos, como fator indutor à geração de inovações. Como passo inicial, numa abordagem conceitual, procurou-se estabelecer uma tipologia das atividades de extensão universitária, situando nesse contexto as ações voltadas para a transferência de tecnologia e conhecimento. Na seqüência, o texto enfoca os resultados da pesquisa, realizada em conformidade com o método qualitativo: na sua condução foram coletados dados secundários, extraídos dos arquivos de projetos de extensão das unidades, e dados primários, obtidos pela aplicação de entrevistas semi-estruturadas com dirigentes das unidades, coordenadores de projetos, pessoal técnico-administrativo e estudantes dirigentes de empresas juniores. Os principais resultados encontrados revelam que, dentre as cinco categorias de atividades de extensão tipificadas, aquela investigada mais a fundo na pesquisa ainda é insuficientemente explorada pelas unidades, especialmente diante do potencial existente. Embora os dados coletados tenham refletido números expressivos, constatou-se que os contatos estabelecidos com parceiros externos são, na grande maioria, pontuais, de curta duração, informais e não institucionalizados. Outro fato instigante apurado diz respeito à baixa interlocução e articulação entre as unidades, para o desenvolvimento de projetos conjuntos. Dentre as possíveis razões identificadas, que estariam na origem tanto do distanciamento institucional das unidades em relação aos potenciais parceiros externos, como da baixa interação entre elas, podem ser mencionadas: a) a inexistência de mecanismos internos, facilitadores e indutores à interação e à cooperação; b) a presença de uma cultura interna de resistência ao estabelecimento de parcerias, especialmente com o meio empresarial; c) as restrições próprias do regime de trabalho docente, que impõem dificuldades ao desenvolvimento de projetos com parceiros externos. O caráter ainda preliminar, limitado e exploratório da pesquisa dificulta a proposição de afirmações conclusivas. O que ficou explicitada foi a necessidade de aprofundar a investigação, especialmente no que diz respeito à busca das visões de instituições externas, parceiras efetivas ou potenciais das unidades.

Palavras-chave


Extensão universitária. Cooperação universidade empresa sociedade. Inovação. Transferência de tecnologia e conhecimento.

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