Horta de Plantas Medicinais: Implantação e avaliação em uma unidade de saúde do município de Blumenau – SC
Resumo
Resumo
Objetivo: Implantação e avaliação de uma horta de plantas medicinais “Farmácia Viva” como proposta de uma ação de promoção a saúde em um Ambulatório Geral em Blumenau, SC. Métodos: Construção coletiva de uma horta de plantas medicinais com participação de usuários, profissionais e extensionistas universitários, e avaliação do projeto com usuários e profissionais através de um questionário semiestruturado com questões abertas e fechadas, tendo como variáveis: ocupação, utilização das plantas, confiança na utilização, medicamentos utilizados e benefícios do projeto. Resultados: Foram adquiridos materiais junto à comunidade como garrafas pet e carrinho de roda, ferramentas e parte da terra utilizada. Sendo construídos três canteiros. Os participantes da pesquisa contribuíram com 26 espécies de plantas. Foram entrevistados profissionais e a comunidade com idades entre 27 e 66 anos, 70% do sexo feminino com escolaridade entre primeiro grau completo e ensino superior. Quanto a ocupação, 60% são aposentados/pensionistas e 40% de profissionais diversos de nível superior. Todos já tiveram alguma experiência com o uso de plantas e resultado esperado. Destacaram a sua eficiência, consideram muito útil sua utilização. Dentre os desafios citados, foram enfatizadas as várias dúvidas sobre o uso e a falta de participação da comunidade, como resultado da pesquisa foi proposto uma alteração na organização e nas atividades do grupo. Conclusão: O estudo indica que o resgate das plantas medicinais e a manutenção do conhecimento terapêutico é essencial, possibilitando a melhoria da qualidade de vida da população. Na pesquisa foi possível concluir que além de fortalecer a tradição de uso medicinal de plantas, a “Farmácia Viva” beneficia a interação social, disseminação de mudas e sementes e troca de experiências. De encontro as políticas de práticas integrativas e de humanização do sistema único de saúde.
Palavras chaves: Plantas medicinais. Unidade de Saúde. Farmácia Viva.
Abstract
Objective: Implantation and evaluation of a vegetable garden "Farmácia Viva" as a proposal for a health promotion action in a General Ambulatory in Blumenau, SC. Methods: Collective construction of a medicinal vegetable garden with participation of users, professionals and university extension workers, and evaluation of the project with users and professionals through a semi-structured questionnaire with open and closed questions, having as variables: occupation, plant use, trust in use, medicines used and benefits of the project. Results: Materials were purchased from the community such as pet bottles and wheel cart and part of the land used. Being built three flowerbeds. By the participants of the research were brought 26 species of plants. Participants included professionals and the community aged between 27 and 66 years old, 70% female and 30% male with complete primary education and higher education. As for the occupation, 60% are retired / pensioners and 40% of diverse professionals of higher level. Everyone has had some experience with plant use and expected results. They emphasized its efficiency, consider its use very useful. Among the challenges mentioned, several doubts about community use and lack of participation were emphasized, as a result of the research, a change was proposed in the organization and activities of the group. Conclusion: The study indicates that the rescue of medicinal plants and the maintenance of therapeutic knowledge is essential, enabling the improvement of the quality of life of the population. In the research it was possible to conclude that in addition to strengthening the tradition of medicinal use of plants, the "Living Pharmacy" benefits social interaction, dissemination of seedlings and exchange of experiences. Against the integration and humanization policies of Brazilian Health System (SUS).
Key Words: Medicinal plants Health unit Herbal pharmacy.
Resumen
Objetivo: Implantación y evaluación de una huerta de plantas medicinales "Farmacia Viva" como propuesta de una acción de promoción a la salud en un Ambulatorio General en Blumenau, SC. Métodos: Construcción colectiva de una huerta de plantas medicinales con participación de usuarios, profesionales y extensionistas universitarios, y evaluación del proyecto con usuarios y profesionales a través de un cuestionario semiestructurado con cuestiones abiertas y cerradas, teniendo como variables: ocupación, utilización de las plantas, confianza en la utilización, medicamentos utilizados y beneficios del proyecto. Resultados: Se adquirieron materiales junto a la comunidad como botellas pet y carro de rueda y parte de la tierra utilizada. Se construyeron tres canteros. Por los participantes de la investigación se trajeron 26 especies de plantas. Los participantes de la investigación involucrar a profesionales y comunidad con edades entre 27 y 66 años, 70% del sexo femenino y 30% del sexo masculino con escolaridad entre primer grado completo y enseñanza superior. En cuanto a la ocupación, el 60% son jubilados / pensionistas y el 40% de profesionales diversos de nivel superior. Todos ya han tenido alguna experiencia con el uso de plantas y el resultado esperado. Destacaron su eficiencia, consideran muy útil su utilización. Entre los desafíos citados, se enfatizaron las diversas dudas sobre el uso y la falta de participación de la comunidad, como resultado de la investigación se propuso una alteración en la organización y en las actividades del grupo. Conclusión: El estudio indica que el rescate de las plantas medicinales y el mantenimiento del conocimiento terapéutico es esencial, posibilitando la mejora de la calidad de vida de la población. En la investigación fue posible concluir que además de fortalecer la tradición de uso medicinal de plantas, la "Farmacia Viva" beneficia la interacción social, diseminación de mudas y semillas e intercambio de experiencias. De acuerdo con las políticas de prácticas integrativas y de humanización del sistema de salud de Brasil.
Palabras claves: Plantas medicinales. Unidad de Salud. Farmácia Viva.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ANTONIO, G. D.; TESSER, C. D.; MORETTI-PIRES, R. O. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária. Interface: Communication, Health, Education, [s. l.], v. 17, n. 46, p. 615–634, 2013.
BRASIL. HUMANIZASUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS /MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional De Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b. 92 p.: il.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 886, de 20 de abril de 2010. Institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, Diário Oficial da União, 20 abr 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. - Cadernos de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica - Cadernos de Atenção Básica, n.31: Série A. Normas e Manuais Técnicos- Brasília; Ministério da Saúde; 2012. 151 p.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada - RDC nº 18, de 3 de abril de 2013. Dispõe sobre as boas práticas de processamento e armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Diário Oficial da União, 3 abr 2013.
BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde: PNaPS: Revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância à Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 2014.
BRASIL. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME 2014 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. 9. ed. Brasília. 2015. 228 p.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1. ed. 1. Suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2018.
DE LA CRUZ, MG. Plantas Medicinais de Mato Grosso: A farmacopéia popular dos raizeiros. MT: Carlini & Caniato, 2008.
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE, SP. Memento de fitoterapia. Relação municipal de medicamentos-FITO. 1ª edição, 2014.
SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Cartilha de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, 2014.
SILVA JUNIOR, A.A.; MICHALAK, E. O Éden de Eva. Florianópolis: Epagri, 2014.
DOI: https://doi.org/10.23901/1670-4605.2020v16p296-307
Revista Ciência em Extensão by Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura - UNESP - Brasil is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License.
Based on a work at ojs.unesp.br.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/about/editorialPolicies#custom0.