Contribuições do curso de plantas medicinais realizado por uma instituição de ensino do sul do Brasil
Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar as contribuições, aos participantes, do curso de extensão sobre plantas medicinais, oferecido pela Faculdade de Enfermagem da UFPel. Métodos: Estudo qualitativo, realizado com 36 participantes do curso de extensão “Plantas medicinais no cuidado à saúde”, que atuavam em municípios do Sul do Rio Grande do Sul. A coleta de dados ocorreu em agosto e dezembro de 2013, por meio de dois questionários autoaplicados. Resultados: a maioria dos 36 participantes eram mulheres. A profissão que predominou foi a de enfermeiros. Dentre os participantes, 24 não tiveram conhecimento do tema durante a graduação. Os profissionais e acadêmicos entrevistados afirmaram que o curso proporcionou aquisição de conhecimentos sobre o uso seguro de plantas medicinais, documentos oficiais que respaldam a prática, além de estimular a aplicação no cotidiano de trabalho e a valorização da cultura popular. Conclusão: A adoção de propostas de educação permanente, sobre plantas medicinais, torna-se relevante para a implementação das políticas do SUS, favorecendo a aplicação das práticas terapêuticas, visando à integralidade do cuidado. Destaca-se a importância de os profissionais se qualificarem sobre o tema, dialogando com a comunidade e realizando ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ANTONIO, G. D.; TESSER, C. D.; MORETTI-PIRES, R. O. Fitoterapia na atenção primária à saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 48, n. 3, p. 541-553, 2014.
BRASIL. Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 10 de 09 de março de 2010. Notificação de drogas vegetais. Brasília: ANVISA, 2010. Disponível em: http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/ rdc/103202-10. Acesso em: 16 jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 156 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
CEOLIN, S. O processo de educação em saúde a partir do diálogo sobre plantas medicinais: significados para escolares. 2012. 108 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, UFPEL, Pelotas, 2012.
CEOLIN, T. et al. Plantas medicinais utilizadas como calmantes por agricultores ecológicos da região Sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista de Enfermagem da UFPE Online, Recife, v. 3, n. 4, p. 253-160, 2009.
CEOLIN, T. et al. Relato de experiência do curso de plantas medicinais para profissionais de saúde. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 37, n. 2, p. 501-511, 2013.
GONZÁLEZ, J. S.; RUIZ, M. C. S. Antropología educativa de los cuidados: una etnografía del aula y las prácticas clínicas. Alicante: Marfil, 2009.
LOPES, G. A. D. et al. Plantas medicinais: indicação popular de uso no tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 143-155, 2010.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2015.
PALMA, J. S. et al. Modelos explicativos do setor profissional em relação às plantas medicinais. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, Rio de Janeiro, v. 7, n.3, p. 2998-3008, 2015.
RODRIGUES, A. G.; SIMONI, C. Plantas medicinais no contexto de políticas públicas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 31, n. 255, p. 7-12, 2010.
RODRIGUES, V. G. S. Cultivo, uso e manipulação de plantas medicinais. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2004.
ROSA, C.; CÂMARA, S. G.; BÉRIA, J. U. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 311-318, 2011.
SALLES, L. F.; HOMO, R. F. B.; SILVA, M. J. P. Situação do ensino das práticas integrativas e complementares nos cursos de graduação em enfermagem, fisioterapia e medicina. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 19, n. 4, p. 37-44, 2014.
SAMPAIO, L. A. et al. Percepção dos enfermeiros da estratégia saúde da família sobre o uso da fitoterapia. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 1, p. 76-84, 2013.
SANTOS, R. L. et al. Análise sobre a fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 13, n. 4, p. 486-491, 2011.
SENA, J. et al. Visão docente sobre plantas medicinais como um saber e sua utilização como medicamento. Revista de Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 196-201, 2006.
SOUZA, A. D. Z. et al. O cuidado com as plantas medicinais relacionadas às infecções do trato urinário – um desafio à enfermagem. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 2367-2376, 2012.
THIAGO, S. C. S.; TESSER, C. D. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 2, p. 249-257, 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. The world medicines situation 2011: traditional medicines: global situation issues and challenges. Geneva: World Health Organization, 2011.
Revista Ciência em Extensão by Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura - UNESP - Brasil is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License.
Based on a work at ojs.unesp.br.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/about/editorialPolicies#custom0.