Visibilidade do trabalho feminino no assentamento Facão Bom Jardim, Cáceres-MT

Silvana Cipriano da Rocha, Abdala Untar, Regina Maria Quintão Lana, Ianara Peixoto Ramirez, Isabel Dayane de Souza Queiroz

Resumo


Este projeto enfatiza a visibilidade do trabalho feminino num assentamento e relata a luta das mulheres que, ao longo dos anos, vêm almejando a conquista de sua independência financeira, política e social. A pesquisa foi realizada no assentamento Facão Bom Jardim, município de Cáceres-MT, com o grupo de mulheres Natureza Viva, que desenvolve atividades como cultivo agroecológico, produção de derivados de castanha e artesanatos de bucha orgânica. Na primeira etapa, em diferentes bibliotecas, realizaram-se pesquisas bibliográficas referentes à questão de gênero, organização social e economia solidária. Na segunda, elaboraram-se três modelos de questionário, os quais foram aplicados às integrantes do grupo Natureza Viva, aos familiares das participantes e também às pessoas sem vínculo, como moradores de assentamentos vizinhos. Na terceira, efetuaram-se visitas ao local para se conhecer o cotidiano da comunidade, especialmente, o das mulheres. Além disso, aplicaram-se os questionários por meio de visitas em domicílio. Na quarta etapa, realizou-se uma dinâmica, denominada Teia da Vida, por meio da qual foi possível conhecer melhor as integrantes do grupo, bem como o papel de cada uma dentro dele. Percebeu-se que esse grupo surgiu formado por mulheres procedentes de diferentes lugares do país e como forma de luta pelo espaço social. Apesar das dificuldades, elas têm conquistado benfeitorias significativas para a comunidade e para si próprias. É grande a importância do grupo, uma vez que contribui para o aumento da autoestima e a troca de experiências e possibilita a realização de intercâmbio e divulgação das atividades desenvolvidas e ainda gera renda por meio da venda de seus produtos para a CONAB. Sendo assim, o projeto desenvolvido no assentamento Facão Bom Jardim é reconhecido e tem visibilidade. Isso indica a crescente valorização do trabalho feminino que envolve práticas agroecológicas ser valorizado, além da possibilidade de ele promover aumento na renda familiar em outras comunidades.

Palavras-chave


Agricultura familiar. Comunidade. Independência feminina.

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