Taxa de mineralização do nitrogênio de resíduos orgânicos

Carolina Cardoso Lisboa, Francielle Roberta Dias de Lima, Rayner Hugo Cassa Louzada dos Reis, Carlos Alberto Silva, João José Marques

Resumo


A utilização de fontes orgânicas de nitrogênio (N) é uma alternativa em sistemas de produção agrícola. O conhecimento da taxa de mineralização de resíduos orgânicos é uma ferramenta que auxilia no seu manejo e na prevenção de possíveis impactos ambientais. O objetivo com este trabalho foi quantificar a taxa de mineralização líquida de N em solo que recebeu aplicação de diferentes resíduos orgânicos. Utilizaram-se amostras de solo do horizonte A de um Latossolo Vermelho distroférrico típico muito argiloso, coletado na camada de 0-0,15 m de profundidade. Os tratamentos foram: esterco de aves (18 t ha-1); esterco de bovino (32 t ha-1); composto orgânico (35 t ha-1); húmus de minhoca (47 t ha-1); resíduo da fabricação de gelatina industrial (18 t ha-1) e controle sem adubação orgânica, sendo a quantidade aplicada de cada resíduo baseada na necessidade em N da cultura do milho. O estudo foi realizado em recipientes plásticos com tampa perfurada, contendo 200 g de solo, mantidos em ambiente escuro, à temperatura ambiente. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições. As análises dos teores de nitrato e amônio no solo foram realizadas aos 7, 14, 28, 63, 113, 146, 181 e 209 dias de incubação. O tratamento com esterco de aves propiciou maior quantidade de N mineralizado, os tratamentos esterco de bovino e resíduo da fabricação de gelatina industrial apresentaram imobilização de N nos primeiros 49 dias de incubação. Portanto, a alta variabilidade nas taxas de mineralização de N em resíduos orgânicos sugere grande dificuldade em sincronizar os períodos de maior liberação de N no solo com as fases de maior requerimento de N pelas plantas.

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DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2018v27n2p341-355

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