Eficiência das larvas de besouro coprófago na compostagem do esterco de coelho

Claudete Martins da Silva Pereira, Luiz Fernando de Sousa Antunes, Milene da Silva Soares, Adriana Maria de Aquino, Marco Antonio de Almeida Leal

Resumo


As famílias de coleópteros atuam na fragmentação da matéria orgânica em decomposição (restos vegetais, madeira podre, palha, esterco, entre outros), participando da ciclagem de nutrientes e contribuindo para a melhoria da fertilidade e estrutura do solo. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a eficiência das larvas de besouro da subfamília Cetoniinae como uma nova alternativa no processo de decomposição do esterco de coelho, comparando os atributos físicos, físico-químicos e químicos do Cetoniinaecomposto com o esterco de coelho decomposto por minhocas e o esterco compostado naturalmente. O experimento foi implantado em galpão coberto da Embrapa Agrobiologia, no município de Seropédica (RJ), em um delineamento experimental inteiramente casualizado com três formas de incubação: com minhocas (T1), com larvas de besouro (T2) e sem larvas e sem minhocas (T3), com quatro repetições. As coletas de amostras do material para análise foram realizadas no início da incubação (tempo 0) e aos 30, 60 e 90 dias, sendo avaliados pH e emissões potenciais de CO2 e de NH3 como indicadores de estabilidade, e aos 90 dias foram analisadas as seguintes variáveis: condutividade elétrica (CE), pH, teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, e substâncias húmicas. Os compostos de esterco de coelho produzidos por larvas de Cetoniinae (Cetoniinaecomposto), por minhocas (vermicomposto) e esterco compostado, não apresentaram diferença significativa para a maioria das características químicas e físicas, constatando-se a estabilização dos compostos produzidos por minhocas e larvas aos 90 dias, medida pelas emissões de CO2 e de NH3. Destaca-se a decomposição realizada pelas larvas de besouro, a qual apresentou a menor emissão de NH3 ao longo do período de incubação, demonstrando que as larvas podem ser uma nova alternativa a compostagem do esterco de coelho.


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DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2019v28n3p354-366

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