O estado nutricional das plantas matrizes e o uso de AIB interferem no enraizamento de estacas de Prunus spp.

Gabriela Gerhardt da Rosa, Ilisandra Zanandrea, Newton Alex Mayer, Valmor João Bianchi

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do ácido indolilbutírico (AIB) no enraizamento adventício de estacas herbáceas e semi-lenhosas de porta-enxertos de pessegueiro, bem como a possível relação com o teor de nutrientes do material propagativo utilizado. Estacas oriundas de ramos herbáceos e semi-lenhosos de três genótipos de Prunus spp. foram preparadas com 15 cm de comprimento, mantendo-se um par de folhas inteiras na parte apical das mesmas. Para os três genótipos foram utilizados dois tratamentos: controle (0 mg L-1 de AIB) e imersão da base da estaca em solução de AIB (2.000 mg L-1). As estacas foram acondicionadas em caixa contendo vermiculita fina e mantidas sob nebulização intermitente por 50 dias. O enraizamento das estacas herbáceas tratadas com AIB foi superior a 83% para todas as cultivares, enquanto que nas semi-lenhosas foi de 90% para Genovesa e Marianna 2624, e de apenas 30% para Flordaguard.  Genovesa apresentou o maior número, comprimento e massa seca das raízes em todos os tratamentos e em ambos os tipos de estacas, o que pode estar relacionado com às concentrações de nutrientes essenciais nos seus ramos, como cálcio, magnésio, nitrogênio, fósforo e zinco. Os resultados obtidos comprovam que o fator genético e a composição nutricional adequada dos tecidos da planta matriz tem relevância no enraizamento, entretanto, o uso do AIB demonstrou ser essencial para se obter sucesso no enraizamento adventício e na qualidade das raízes formadas nos três genótipos estudados.

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DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2017v26n2p174-190

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