FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAL NO TRABALHO: ADAPTAÇÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO COPSOQ II PARA O CONTEXTO BRASILEIRO

André Figueiredo Luna, Sonia Gondim

Resumo


Cresce a importância do estudo dos fatores de riscos psicossociais do trabalho (FRP) para compreender o adoecimento no trabalho. Um dos aspectos-chave é a disponibilidade de medidas com boas propriedades psicométricas. O objetivo do estudo foi adaptar a versão em língua portuguesa do COPSOQ II para o contexto de trabalho brasileiro. Foram utilizadas três amostras de trabalhadores brasileiros, com cerca de 70% de trabalhadores operacionais em cada amostra. Inicialmente foram adotados procedimentos de validação semântica, análises fatoriais exploratórias (AFEs) e avaliação de juízes. O instrumento adaptado, denominado Fatores de Risco Psicossocial-Br (FRP-Br) foi submetido a teste empírico em uma primeira amostra de trabalhadores brasileiros da indústria (n = 373). Obteve-se solução trifatorial, condizente com outras versões da medida. O FRP foi novamente ajustado para melhoria de suas propriedades psicométricas e testado em uma segunda amostra de trabalhadores brasileiros da indústria (n = 187).  AFEs resultaram uma solução trifatorial: Fatores decorrentes da atuação direta do líder e da gestão (F1); fatores decorrentes da perda de sentido, significado e importância do trabalho (F2); e  Fatores decorrentes das demandas laborais (F3). O teste confirmatório do FRP foi realizado em uma terceira amostra (n = 187), tendo-se obtido bons índices de ajustes, que autorizam o seu uso no contexto industrial. Adicionalmente discutem-se aspectos conceituais e de uso em práticas de gestão.


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