Matocompetição na cultura de Crambe abyssinica cultivado em safra e safrinha

Suzete Fernandes Lima, Paulo César Timossi, Elias Brod, Itamar Rosa Teixeira, Janaína de Assis Silva

Resumo


A cultura do crambe (Crambe abyssinica) se destaca na região Centro-Oeste como uma opção de cultivo em segunda safra, com potencial para produção de biodiesel, além da possibilidade de ser inserida em programas de rotação de culturas. A espécie é originária do Mediterrâneo e possui poucas informações referentes ao seu potencial competitivo com as plantas daninhas, sobretudo no Brasil. Nesse sentido, objetivou-se determinar os períodos de convivência e controle entre plantas daninhas e a cultura de crambe, cultivado na safra e na safrinha. Em ambos os experimentos, os tratamentos experimentais, dispostos em esquema de blocos casualizados, constaram de períodos de controle e de convivência, a saber: 0, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 56 e 70 dias após a semeadura. Pela análise fitossociológica, verificou-se que as plantas daninhas de maior importância durante a safra foram tigueras de Sorghum bicolor e Chamaesyce hirta, e no cultivo em safrinha, Chamaesyce hirta e Digitaria horizontalis. A convivência com a comunidade infestante não afetou negativamente o estande de plantas e a altura de crambe. Para a produtividade de síliquas, constatou-se interferência negativa apenas quando as plantas de crambe conviveram com a flora daninha por pelo menos 70 dias, durante o cultivo de safra. Dessa forma, pode-se concluir que a cultura de crambe é altamente competitiva, sendo possível apenas uma intervenção para que o manejo das plantas daninhas seja suficiente para manter a cultura sem apresentar interferência negativa, a qual pode ser realizada por ocasião da dessecação de pré-semeadura.

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DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2018v27n3p297-311

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